Dentre
as atividades práticas do curso de medicina da UFPE conhecemos o
prof. Lurildo Saraiva e desde então passamos a acompanhá-lo
semanalmente em consultas ambulatoriais no Hospital das Clínicas,
mesmo após o fim do período. Em uma dessas consultas conhecemos uma
criança chamada Marcos Vinícius, de 9 anos, portador de um doença
negligenciada no Brasil – a Febre Reumática. A febre reumática é
uma doença conhecida como “doença de pobre”. A falta de acesso
a uma atenção primária de qualidade, falta de condição
habitacional mínima, de saneamento básico e de higiene atuam como
fatores promotores de uma infecção de garganta que evolui com
agressão imune das valvas cardíacas. É uma doença que
praticamente não existe mais no mundo – na França não se ensina
febre reumática nos cursos médicos. Na Dinamarca, febre reumática
é uma doença de notificação compulsória desde 1830, inexistindo
no país. No Brasil, a febre reumática mata e mata sem piedade.
Estima-se que um terço das cirurgias cardíacas em Pernambuco
ocorrem pela doença, que acomete primordialmente crianças, levadas
a mesas de cirurgias de onde saem perspectivas de complicações
sérias, com sobrevida de aproximadamente 30 anos, todas com uma
coisa em comum: crianças pobres, sem condições mínimas,
abandonadas pelo poder público
A
HISTÓRIA DE MARCOS VINÍCIUS
Uma
dessas crianças é Marcos Vinícius, filho de mãe solteira, negra,
com 24 anos. Márcia teve Marcos com apenas 15 anos de idade e mora
junto com ele, em uma casa de um vão só, na Favela da Beira-Rio em
Boa Viagem. Esta área do bairro de Boa Viagem não possui coleta de
esgoto e outros serviços urbanos, essenciais para uma condição
digna de moradia e do direito à cidade.
Ele
dorme em um colchão no chão e passa o dia sendo cuidado pelo seu
tio, Henrique, de apenas 11 anos.
Hoje Marcos tem um lesão importante na valva mitral, com repercussões clínicas e hemodinâmicas. Não consegue fazer esforço físico e provavelmente será operado em breve do coração para troca da valva, entrando para o grupo de risco de pacientes que morrem por morte súbita devido às complicações de uma prótese valvar.
Hoje Marcos tem um lesão importante na valva mitral, com repercussões clínicas e hemodinâmicas. Não consegue fazer esforço físico e provavelmente será operado em breve do coração para troca da valva, entrando para o grupo de risco de pacientes que morrem por morte súbita devido às complicações de uma prótese valvar.
O futuro de Marcos, e de tantos outros, poderia ser diferente se ele tivesse tido acesso a uma atenção primária eficaz e a administração regular de penicilina, um antibiótico desenvolvido na Segunda Guerra Mundial.
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(foto: Heitor Salvador)
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PROJETO
Diante
dessa história, resolvemos produzir um curta-metragem contando a
história de Marcos com o objetivo de sensibilizar outras pessoas
para essa realidade. Além disso incentivar o debate sobre a
necessidade de uma nova concepção de saúde que englobe os
determinantes sociais do processo saúde-doença dentre elas a
reforma urbana e a garantia do direito à cidade, juntamente com uma
análise crítica da atenção primária à saúde nesse
contexto.
Atualmente o projeto agrega estudantes de medicina (Marcos, Mariana, Rafael e João Victor), um geógrafo e fotógrafo, Heitor, e uma jovem cinegrafista, Bruna. Juntos, concluímos o roteiro do curta-metragem, levantamos alguns equipamentos básicos – duas câmeras DSLR, um microfone e um tripé(quebrado) e começamos, dentro das nossas limitações, a realizar gravações. (Já que não podíamos esperar haja vista que os acontecimentos da vida de Marcos estão se dando agora)
Atualmente o projeto agrega estudantes de medicina (Marcos, Mariana, Rafael e João Victor), um geógrafo e fotógrafo, Heitor, e uma jovem cinegrafista, Bruna. Juntos, concluímos o roteiro do curta-metragem, levantamos alguns equipamentos básicos – duas câmeras DSLR, um microfone e um tripé(quebrado) e começamos, dentro das nossas limitações, a realizar gravações. (Já que não podíamos esperar haja vista que os acontecimentos da vida de Marcos estão se dando agora)
Pretendemos
fazer uma abordagem franca e crítica da história de Marcos
Vinícius, segundo percepções humanas e políticas de desigualdade,
englobando o processo de ocupação
do espaço urbano do Recife e suas desigualdades socioespaciais
(condicionantes do processo saúde-doença), além da própria
organização do Sistema de Saúde com suas contradições.
O
fato de não atrelarmos o financiamento do filme a marcas ou
patrocínios de empresas jurídicas tem aumentado as nossas
dificuldades. Não nos sentimos confortáveis em relacionar o
sofrimento de Marcos e da família a fins econômicos e em troca de
publicidade. Gostaríamos de explicitar, inclusive, que nosso projeto não possui
fins lucrativos. Do
mesmo modo,
gostaríamos de deixar claro nossa autonomia no direcionamento do
roteiro.
Estamos contando unicamente com o apoio financeiro de pessoas físicas e entidades de classe sensíveis a causa que defendemos, dispostas a contribuir como podem para o projeto por compactuarem ideologicamente com o mesmo.
Enfatizamos
que nossa intenção também é agregar recursos humanos, com o único
objetivo de produzir um trabalho de qualidade e em prol da construção
de uma realidade diferente dessa, tão dura para alguns como Marcos
Vinícius.
NECESSIDADES
MATERIAIS
Haja
vista o fato do projeto não ter fins lucrativos, nossos recursos
são, infelizmente, extremamente escassos e embora as gravações já
tenham começado, não temos alguns equipamentos essenciais para o
filme. Estamos trabalhando em condições "possíveis" mas
muito longe das ideais. Mesmo assim, de forma otimista, estamos
acreditando no auxílio das pessoas que compartilhem da nossa
inquietação.
Quanto aos equipamentos necessários estamos buscando ativamente nessa etapa inicial recursos para aquisição de: um gravador digital, de equipamento básico de iluminação, de um suporte estabilizador para gravações em movimento e de um microfone shotgun ou boom. Com relação à etapa de pós-gravação (edição audiovisual), provavelmente a etapa de maior custo, ainda não temos perspectivas dos valores. Entretanto como esse é um estágio posterior não há a mesma urgência.
Realizamos
um orçamento inicial baseado em lojas especializadas localizadas no
centro da cidade do Recife (“beco do fotógrafo” e na rua de
Concórdia), em alguns sites da internet considerados "seguros"
e em custos de deslocamento.
- Suporte de ombro para câmera DSLR – R$ 650,00
- 2 Cartões Compact Flash 16gb - R$ 1.000,00
- Lampada LED pequena + bateria - R$ 550,00
- Monopé - R$ 100,00
- Tripé para filmagem– R$ 500,00
- Microfone RODE Pro Shotgun – R$ 600,00.
- Gravador de audio digital profissional Microtrack II – R$ 550,00
- Deslocamento - R$ 500,00
TOTAL:
R$ 4.450,00
ARRECADAÇÃO
DE RECURSOS
Estamos
atualmente buscando arrecadação dos recursos através de duas
formas:
(1)
Livro de Ouro
(2)
Doações para conta corrente
c/c BANCO DO BRASIL
MARCOS H CARVALHO
MARCOS H CARVALHO
Agência:
3613-7
Conta:
42.426-9
PRESTAÇÃO
DE CONTAS
Durante
e após a arrecadação dos recursos será continuamente publicado
nesse blog as respectivas notas fiscais de cada equipamento adquirido
e de qualquer serviço contratado na etapa de edição.
AGRADECIMENTOS
Finalmente,
gostaríamos de agradecer profundamente pelo apoio de algumas pessoas
que tem nos contactado e manifestar nossa satisfação em perceber
que, felizmente, muitas pessoas ainda são capazes de se mobilizar
perante certas contradições da nossa sociedade. Pretendemos
homenagear nos créditos do filme todos que nos ajudarem.
Atenciosamente,
Marcos
Holmes Carvalho-holmesmarcos@gmail.com
Rafael
Alex Barbosa Sobrinho-orafaelalexb@gmail.com
Mariana
Lacerda de Mello-marih_mello@hotmail.com
Heitor
Salvador de Oliveira-heitoroliveirape@gmail.com
Bruna
Coutinho Valença
João
Victor Moreira-jvmoreira@gmail.com